quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

X ELAOPA

Atividade preparatória para o X ELAOPA no dia 13/12, às 19h, na sede do SIMCA, Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha. Venha conhecer as propostas desse encontro!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Desde o Chão da Escola Vamos mobilizar os trabalhadores em Educação!

Somos um grupo de trabalhadores em educação do município de Gravataí comprometidos com os nossos direitos enquanto categoria. Entendemos que devemos estar mobilizados enquanto educadores desde o chão da escola para fortalecer à nossa luta juntamente com o sindicato.
Fazemos a avaliação que as pautas da campanha salarial que se estenderam em 2011 e 2012 tiveram alguns avanços quando a categoria esteve disposta a lutar pelos seus direitos. O maior exemplo foi em uma das assembleias do ano passado onde houve disposição da categoria em realizar uma paralisação para pressionar o governo na mesa de negociação. O resultado concreto foi o ganho real de 5% dividido em duas parcelas (dez 2011 e set 2012).
Neste ano de 2012, outro momento importante foi a definição de prioridades na pauta de reivindicações que ganhou proposta em assembleia e depois foi organizada pelo conselho geral do sindicato junto com os representantes das escolas. Os encontros regionais também serviram de avanço no diálogo com a categoria e é um mecanismo de participação que poderia ser utilizado com mais frequência.
Fazendo uma avaliação das negociações com o governo neste ano de 2012, infelizmente ainda não conseguimos chegar a resultados concretos nas principais prioridades definidas pela categoria, a exemplo do direito à hora atividade, da incorporação dos desdobramentos e também do plano de carreira da educação infantil.
Mobilização de junho de 2011
Ao longo do ano houveram diversas agendas do sindicato com o governo e reuniões da categoria para avaliar o andamento dessas negociações. No entanto, não podemos perder de vista que dentro do processo de mobilização da categoria, a pressão é o elemento fundamental capaz de mostrar a força dos trabalhadores na defesa dos seus direitos. Portanto, é importante daqui pra frente fazermos o mesmo exercício do ano passado, ou seja, quando as negociações não avançam é hora da categoria demonstrar a força que tem.

1/3 hora atividade: para fazer cumprir, temos que partir do chão da escola.

A importância do direito à hora atividade é conhecida por todos os professores de séries finais e ensino médio, sendo fundamental para a qualidade do ensino. No entanto a realidade não é a mesma para os professores das séries iniciais e educação infantil em Gravataí.
A hora atividade é lei, direito de todos trabalhadores em educação (conforme a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008), mas não parece estar próxima de ser cumprida no município de Gravataí. Em outras localidades próximas como na cidade de Cachoeirinha, mesmo não havendo recursos humanos suficientes para contemplar esse direito, a mobilização da categoria junto com o sindicato conseguiu viabilizar o cumprimento da hora atividade para professores das séries iniciais. Em 2013 o processo de cumprimento da lei, já iniciado nesse ano, deve contemplar com hora atividade todos os trabalhadores do quadro do magistério. Além disso, a luta continua em busca da criação de uma lei municipal a fim de garantir a plena eficácia do cumprimento desse direito.
A mobilização da categoria é fundamental para que a hora atividade seja uma conquista real, contribuindo para o fim de uma jornada cansativa que não permite uma melhor qualidade de ensino. Para o cumprimento da Lei nº 11.738/2008 em Gravataí é necessário, para além das reuniões de negociações, colocarmos a categoria em movimento.

Por uma leitura crítica da campanha “A educação precisa de respostas”

Desde 28 de agosto, o grupo RBS desenvolve uma campanha com relação à educação. Segundo os organizadores, o objetivo é promover o debate sobre o tema, em especial, no Rio Grande do Sul e em Santa Catariana. Uma campanha milionária, organizada e financiada pelo maior canal de comunicação privado do país, a Rede Globo.
Desde o início da campanha, foi realizado um bombardeio de "denúncias", as quais, em grande parte, recaem sobre a responsabilidade dos professores. A campanha tem o apoio governamental e já encontrou o responsável por todos os problemas: o professor.
Lamentável, mas compreensível, que na campanha não existam denúncias diárias sobre os descasos dos governos estaduais dos dois Estados (Santa Catarina e Rio Grande do Sul), tendo em vista quem são os organizadores. O Grupo RBS não denuncia o descumprimento de leis elementares: Piso Nacional do Magistério, fechamento de turmas, precarização total dos prédios públicos, abandono do investimento na construção de novas escolas, transferência de recursos e prédios públicos para iniciativa privada, além de desvios absurdos de recursos destinados à educação pública.
Estamos diante de uma investida dos meios de comunicação contra a Educação Pública, numa tentativa de privatizá-la de formas diversas, de modo que a opinião pública se sensibilize e apóie essa empreitada. Não é à toa que já foi lançado o edital de captação de recursos da campanha "A educação precisa de respostas", cujo objetivo é que a população apresente projetos de arrecadação financeira para manter as escolas públicas. Ou seja, "encontrar" outras formas de sustentar a educação, desresponsabilizando os governos e permitindo que todos os nossos impostos sejam destinados a outros fins, que não a educação de nossas crianças e jovens.
A Educação Pública é direito de todos e dever do Estado, logo é patrimônio de todos. Não a entregaremos a iniciativa privada, não sem luta e mobilização. Investimento público para a Educação Pública.

Os trabalhadores em educação de Gravataí também precisam de respostas:


- O que irá representar na prática o “Choque de Gestão” anunciado pelo novo governo a partir de 2013?


- A política de pessoal irá priorizar as necessidades das escolas ou serão aprofundadas as medidas de precarização na educação?